MISSÕES
NA PARÓQUIA DE SANTA EFIGÊNIA
DOM FRANCISCO BARROSO FILHO
Cresce, na Igreja, a consciência
da necessidade de sair em missão, em busca dos católicos acomodados, os
afastados e de todos os que pouco ou nada conhecem de Jesus Cristo. Com efeito,
se de um lado, encontramos um pequeno grupo de lideres cristãos, cada vez mais
conscientizados de seu papel na Igreja, pessoas que se organizam em pequenos
grupos de reflexão, de outro lado, encontramos (e é a maioria), pessoas que se
dizem católicas, mas nem sequer freqüentam a missa dominical e se acham
afastadas dos sacramentos.
Nas últimas décadas, tem havido
evasão de católicos. É por isso que a Igreja deve ser sempre missionária. O ser
missionário faz parte da essência da vida da Igreja.
Fazer missão não é atividade
facultativa, mas, sim, fidelidade ao mandato de Cristo.
Preocupado com a situação que
vive a sua fé católica a maioria dos jovens, a maioria dos casais, sua
indiferença, sua omissão, o zeloso pároco da Santa Efigênia, contando com a
colaboração dos padres, formadores do seminário e dos seminaristas, em boa
hora, decidiu criar este clima de missões, que estamos vivendo nesta
privilegiada paróquia.
Dias de benção, dias de graças
para toda a paróquia, com a proteção da Grande Evangelizadora e missionária, a
nossa Padroeira Santa Efigênia.
Realmente, os dias de missões
são dias de graças em que todas as pessoas de fé sentem o chamado de Deus, para
o encontro pessoal com Ele.
Que o Espírito Santo, com seu
vigor e unção suscite muitos missionários entre nós e que os afastados, os
indiferentes, os omissos não deixem passar este momento da graça, que Deus lhes
oferece.
A Igreja no Brasil e na América
Latina, de um modo geral, tem, hoje, consciência clara de que precisa ser muito
mais missionária, se não quiser arcar com as conseqüências de um futuro
nebuloso, fruto de uma fé enfraquecida. Com efeito, o enfraquecimento da fé,
poderá levar muitos à evasão para outras convicções religiosas ou para a total
indiferença religiosa.
Todos somos convidados por Jesus
Cristo a participar desta missão, cada um, segundo o seu estado de vida. É
preciso, pois, agir, mais rapidamente, ou saindo da acomodação, ou mudando, se
necessário, o ritmo pastoral habitual.
Não temos tempo a perder! É
preciso agir urgente, pois o mal caminha rápido.
Constatamos com tristeza, que a
sociedade atual vem se tornando, cada vez mais debilitada em seus valores
éticos e inclinada a transformar tudo em espetáculos. O mundo da pós-modernidade
perdeu o sentido do pecado; tudo é permitido. Nada mais é pecado. Alimenta-se a
desigualdade social, crescem as injustiças, a pobreza, a miséria, a fome e a
violência, frutos do capitalismo selvagem que alimenta, em seu bojo, o
desemprego e a exclusão de multidões.
Tudo isto torna mais urgente a
missão, especialmente nas periferias pobres e em todos os recantos
marginalizados e excluídos do nosso país.
Oxalá, todas as nossas paróquias
de nossa Arquidiocese e de todo o Brasil, possam imitar o exemplo dessa
paróquia missionária de Santa Efigênia.
Mais não nos esqueçamos de que o
missionário precisa ser primeiramente ser discípulo e o discípulo nasce do
encontro pessoal com Jesus Cristo.
Em Jesus Cristo Ressuscitado
está o sentido da nossa vida e de nossa missão. Com efeito, foi Ele que nos
chamou e nos enviou para sermos suas testemunhas principalmente testemunhas de
sua ressurreição.
Que após esses abençoados dias
dessas missões nesta paróquia, possamos voltar, com renovada fé e confiança, a
Jesus Ressuscitado.
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